Um Talento em Ascensão no Vôlei de Praia
Com apenas 13 anos, o cabo-friense André Luiz Cordeiro se destacou ao conquistar, no último sábado (13), o título de campeão estadual sub-15 de vôlei de praia. A conquista ocorreu na 2ª Etapa do Circuito Estadual, realizada na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, onde ele formou uma forte parceria com o carioca Pedro Henrique. A dupla se manteve invicta durante toda a competição, selando a vitória na final com um convincente placar de 2 sets a 0.
“Foi uma competição de nível elevado. Sou muito grato ao meu parceiro, Pedro, e aos meus treinadores que me ajudaram a chegar ao pódio”, expressou André, reconhecendo o apoio que recebeu ao longo de sua jornada.
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Pedro Henrique representa o centro de treinamento Wave AM5, localizado no Rio. Por sua vez, André divide sua preparação física entre os centros Fort Sport e Elite, onde os treinadores Kauê Gauté e Matheus Cordeiro, seu irmão, desempenham papéis fundamentais em seu desenvolvimento. Apesar da pouca idade, André já treina com atletas das categorias sub-19 e sub-23, o que, segundo ele, tem acelerado sua evolução.
André é aluno da Escola Municipal Professora Márcia Francesconi e enfrentou um desafio significativo ao ficar um ano afastado das competições. Isso ocorreu devido à dificuldade de conciliar os treinos de alto rendimento com suas obrigações escolares. “Quando tudo parecia perdido, ele encontrou forças na família para ressignificar os desafios e retornar às competições”, recordou o professor Kauê. “André vem se dedicando incansavelmente e essa medalha é muito merecida.”
A paixão de André pelo vôlei começou aos seis anos, influenciado pelo irmão Matheus, que já possui um histórico de resultados na modalidade. “Meu irmão é meu professor e ele já conquistou o 3° lugar em uma etapa do Circuito Brasileiro. Quero ir além”, disse André, demonstrando sua ambição.
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Em 2024, André já havia conquistado dois terceiros lugares no estadual sub-15, mas sua trajetória esportiva quase foi interrompida aos oito anos, quando sofreu uma fratura no úmero e rompimento do extensor radial do braço direito em um acidente escolar. Depois de meses dedicados à fisioterapia, ele conseguiu voltar ao esporte.
“Ele não falta a nenhum treino. Essa medalha de ouro é fruto de muita dedicação e resiliência. André é educado, querido e talentoso. Tenho muito orgulho de sua trajetória”, elogiou seu treinador.
Atualmente, a equipe de André busca ampliar a experiência competitiva, focando no sub-15 e na transição para o sub-17, além de se preparar para os desafios do Circuito Brasileiro.
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Apesar de seu desempenho notável, André enfrenta dificuldades financeiras, uma vez que não conta com patrocínios. Sem apoio tanto público quanto privado, sua família arca com todas as despesas relacionadas ao esporte, como inscrições, transporte, alimentação e hospedagem. Para viabilizar a participação em torneios, sua mãe, Liziane Penha, organiza rifas, campanhas de financiamento coletivo e ainda vende trufas. “Sem incentivo por parte da gestão pública ou iniciativa privada, somos obrigados a criar fontes de renda extras para custear as competições”, desabafou.
“Meu objetivo é ser campeão mundial e olímpico de vôlei de praia. Estou ciente de que é uma tarefa difícil, mas luto todos os dias para tornar esse sonho realidade”, concluiu André, demonstrando determinação e foco em suas aspirações.