Decisão Judicial e Polêmica nas Acusações
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu uma liminar que resultou na libertação de Iram Saraiva Júnior, um médico e ex-deputado estadual por Goiás, preso sob a acusação de ter estuprado sua filha de apenas 2 anos. A prisão ocorreu na quarta-feira, mas, no dia seguinte, Saraiva foi libertado após a decisão judicial que levantou dúvidas sobre a existência do crime.
Em uma nota à imprensa, a defesa de Iram destacou um trecho da liminar que mencionava a falta de provas concretas sobre a suposta violência sexual: ‘Até aqui não há prova da existência do crime nem indício suficiente de autoria’. O advogado Alexandre Mallet defendeu a inocência do cliente, afirmando: ‘A defesa reafirma sua confiança na Justiça e tem plena convicção de que, ao final do processo, a inocência de Iram Saraiva será definitivamente reconhecida.’
Investigação e Reações
Leia também: Críticas à Polícia Militar do Rio de Janeiro: Um Apelo à Despolitização
Fonte: odiariodorio.com.br
Leia também: Homem Foragido por Assassinato em Alagoas é Capturado Após 20 Anos em Mauá, SP
Fonte: alagoasinforma.com.br
A prisão foi desencadeada por uma investigação da Polícia Civil, que durou seis meses e incluiu a coleta de depoimentos, laudos de um pediatra e de um psicólogo, além do testemunho da própria criança. O advogado Mallet informou que já houve uma denúncia formal do Ministério Público e que o celular do médico foi apreendido como parte do procedimento investigativo, que ocorreu na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
A defesa, por sua vez, sustenta que desentendimentos familiares podem ter gerado as acusações. Conforme o relato, Iram foi acusado pela ex-esposa de ter transmitido herpes à filha. Em resposta, o médico se submeteu a exames laboratoriais que confirmaram que ele não era portador do vírus. Além disso, o laudo do exame de corpo de delito realizado na criança não indicou qualquer sinal de violência.
Defesa Colaborativa com as Autoridades
O advogado Alexandre Mallet enfatizou que Iram colaborou plenamente com as investigações, entregando as senhas de todos os seus dispositivos eletrônicos, onde nada de ilícito foi encontrado. Em um contexto de crescente preocupação sobre crimes de abuso infantil, o caso levanta questões sobre a responsabilidade das autoridades e a proteção das crianças.
Com uma carreira política significativa, Iram Saraiva foi deputado estadual por Goiás entre 1999 e 2007 e, antes disso, atuou como vereador em Goiânia. Seu pai, Iram Saraiva, que faleceu em 2020, tinha um histórico notável, tendo sido senador, deputado federal e estadual pelo MDB, além de ter ocupado um cargo como ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).