Casos de Clonagem e Furtos no Sistema Jaé
Usuários do sistema de bilhetagem digital Jaé, amplamente utilizado no transporte público do Rio de Janeiro, estão enfrentando graves problemas relacionados à clonagem de cartões e furto de créditos. Diversas vítimas relataram que valores depositados em seus cartões desapareceram sem qualquer uso por parte delas.
A empresa responsável pela gestão do sistema nega que a possibilidade de clonagem exista, no entanto, assegura que está investigando as denúncias e que reembolsos serão concedidos quando houver evidências de cobranças indevidas.
Leia também: Oposição à Politicagem: O Apelo à Desvinculação da Polícia Militar no Rio de Janeiro
Leia também: Volta Redonda Revoluciona Transporte Público: Novos Ônibus e Economia com VR Card
Fonte: rjnoar.com.br
O cartão Jaé é a solução de bilhetagem da Prefeitura do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo
A professora Gabriella Estevam, residente em Rio das Ostras, compartilhou sua experiência ao perceber movimentações estranhas em sua conta no dia 10 de setembro. “Identifiquei um débito de 29 passagens no meu cartão, mas não fui eu quem usou. Abri dois chamados, reclamei no Reclame Aqui, contatei por e-mail, fui à loja e perdi várias refeições. Esta é a terceira vez que estou aqui. Tive que comprar um novo cartão verde, pois o meu cartão preto teve que ser bloqueado devido à clonagem”, explicou Gabriella.
Gabriella, que é aluna da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirmou que o prejuízo foi de aproximadamente R$ 400. Ao verificar o aplicativo, notou que a foto vinculada ao seu cartão havia sido trocada por outra pessoa.
Leia também: Obra do Calçadão na República Atrasa e Comerciantes Enfrentam Prejuízos Significativos
Fonte: olhardanoticia.com.br
Outro relato preocupante veio de Patrícia Gomes, moradora de Vargem Pequena, na Zona Oeste. Ela utiliza o cartão diariamente para se deslocar ao trabalho e ficou indignada ao descobrir que os R$ 400, depositados pela empresa, haviam sido utilizados por terceiros. “Após retornar de férias, ao tentar usar meu cartão Jaé, recebi a mensagem de saldo insuficiente. Tentei novamente, mas o problema persistia. No Jaé, fui informada de que meu cartão havia sido clonado e o valor foi sacado em Pavuna. Foram cerca de 15 transações de R$ 4,70 de uma só vez. Não há um mecanismo que impeça que tantas passagens sejam utilizadas em um único dia?”, indagou Patrícia.
A Resposta das Autoridades
Em resposta ao crescente número de denúncias, a Prefeitura do Rio de Janeiro, juntamente com a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), afirmou que o sistema Jaé foi acionado para investigar as alegações. Caso se confirmem as cobranças indevidas, os valores serão reembolsados aos usuários.
Em uma nota oficial, o Jaé declarou que seus cartões contam com “diferentes níveis de segurança, que impossibilitam a clonagem”. A empresa também orientou os clientes que notarem transações não reconhecidas a buscarem os canais de atendimento oficiais.
Em relação ao caso de Patrícia, a empresa informou que a investigação começou no último dia 30, com expectativa de resposta em até cinco dias úteis. Já sobre Gabriella, o ressarcimento será realizado, uma vez que o uso do cartão ocorreu fora do trajeto habitual da passageira, evidenciando a fraude.