Um ato de agressão gerado pela insatisfação com apresentações musicais na Lapa
As ruas da Lapa, um dos pontos turísticos mais icônicos do Rio de Janeiro, foram palco de um incidente violento no dia 2 de setembro, quando um artista de rua, conhecido apenas como Edilson, foi esfaqueado por um homem de 67 anos. O autor da agressão, identificado como Daniel Marco Weiterschan Levy, não suportou o som da música e atacou o músico enquanto ele se apresentava em frente a um supermercado. Segundo testemunhas, o ataque foi realizado de forma covarde, atingindo Edilson no pescoço.
A ação rápida de pedestres que estavam nas proximidades permitiu que o agressor fosse perseguido, mas Daniel conseguiu escapar antes da chegada das autoridades. As investigações iniciadas pela polícia revelaram que ele frequentemente demonstrava insatisfação com as apresentações de Edilson, que utilizava uma caixa de som e microfone para se apresentar em via pública, bem próximo à sua residência.
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Fonte: daquibahia.com.br
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Fonte: odiariodorio.com.br
Após ser identificado, Daniel foi preso e se tornou réu por tentativa de homicídio na 2ª Vara Criminal da Capital, vinculada ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Ele passou por uma audiência de custódia no último domingo (12), onde teve a prisão mantida, em um desdobramento que coloca um ponto de atenção sobre a violência em áreas públicas e a convivência entre artistas e moradores.
A incidência de crimes relacionados à intolerância artística não são novas. Esse caso em particular reacende o debate sobre o espaço público e as manifestações culturais, frequentemente alvo de descontentamento por cidadãos que não apreciam os gêneros musicais apresentados. O ataque a Edilson, que felizmente sobreviveu ao ataque, é um lembrete sombrio de que a arte e a expressão individual podem, por vezes, provocar reações extremas.
A população, atenta às consequências deste tipo de violência, aguarda por uma resposta mais abrangente das autoridades sobre como garantir a segurança de artistas e o direito à expressão em locais públicos. Enquanto isso, Edilson se recupera do ataque e é apoiado por outros artistas e simpatizantes da cultura na região.