Flagrante em Hotel de Luxo Revela Esquema de Lavagem de Dinheiro na Bahia
Um destacado alvo da operação policial realizada na última quinta-feira (16) em combate à adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro foi detido em um hotel de luxo na Bahia. Localizado na cidade de Lençóis, na Chapada Diamantina, um dos destinos turísticos mais procurados do estado, o empresário Jailson Couto Ribeiro, mais conhecido como “Jau”, foi o principal foco das investigações.
Com 57 anos, Jau é um reconhecido empresário do ramo de postos de combustíveis e já foi candidato a prefeito de Iaçu, sua cidade natal, em duas ocasiões: em 2020 e em 2024. Nas redes sociais, ele frequentemente exibia uma vida de luxo ao lado da companheira, compartilhando fotos de viagens internacionais para locais como Itália, Luxemburgo, Emirados Árabes e Espanha. No Brasil, além de explorar as belezas da Bahia, também esteve em passeios por estados como Ceará e Rio de Janeiro.
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Em 2022, Jau demonstrou apoio ao deputado federal Dal Barreto (União Brasil), que também foi mencionado na sexta fase da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal (PF) no dia 14 de novembro.
A operação, denominada “Operação Primus”, resultou na prisão de oito pessoas, das quais seis foram detidas na Bahia, uma no Rio de Janeiro e outra em São Paulo. Em Feira de Santana, foram capturados Wesley Márcio Duda, Gilvan Couto Ribeiro, Diego do Carmo Santana Ribeiro e Pedro Henrique Ramos Ribeiro. No Rio, a prisão foi de Israel Ribeiro Filho e, em São Paulo, Mário Kadow Nogueira. A identidade dos outros indivíduos detidos na Bahia ainda não foi divulgada.
O advogado Joari Wagner, que representa quatro dos detidos, comentou em entrevista à TV Subaé, afiliada da Rede Bahia, que seus clientes estão “perplexos” com a operação e que ele busca acesso aos detalhes do processo para melhor orientação. “Vamos nos habilitar aos autos, verificar do que se trata, para poder passar informações mais precisas. No momento, não sabemos de nada, pois a investigação segue em sigilo”, afirmou.
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A ação visa desmantelar um grupo criminoso envolvido na adulteração de combustíveis no estado. Além de cumprir mandados de busca e apreensão, a operação também foi realizada em cidades como Feira de Santana, Conceição do Jacuípe, Alagoinhas, Morro do Chapéu, Itaberaba e Iaçu.
Cerca de três pistolas, uma submetralhadora, carregadores, munições e aproximadamente 10 veículos de alto padrão foram apreendidos durante as ações. Investigações apontam que cerca de 200 postos de gasolina estariam sob suspeita de envolvimento no esquema.
O Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD) solicitou ao Judiciário o bloqueio de bens móveis e imóveis, além de valores dos investigados, totalizando a expressiva quantia de R$ 6,5 bilhões.
Como funcionava o esquema? Segundo os detalhes fornecidos pela polícia, as investigações revelaram a existência de 200 postos de combustíveis ligados ao grupo sob investigação, que teria criado uma complexa rede empresarial destinada à adulteração e comercialização ilegal de combustíveis na Bahia. Os dados obtidos sugerem que o grupo utilizava o setor de combustíveis como uma ferramenta para ocultar patrimônio, estabelecendo conexões com uma organização criminosa originária de São Paulo.