Colaboração entre Governos é Essencial
A recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), presidida por Herman Benjamin, rejeitou uma liminar do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que autorizava a reabertura da refinaria Refit. O STJ acolheu o pedido da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), mantendo a suspensão das atividades da unidade, que é alvo de investigações por suposto envolvimento com facções criminosas.
O ministro Fernando Haddad comentou a situação, ressaltando que a procuradora da Fazenda Nacional, Anelize Linze, entrará em contato com o governador Cláudio Castro para discutir os desafios que o estado enfrenta. Haddad enfatizou que é crucial que o governador tenha uma compreensão completa da situação, pois, segundo ele, “aparentemente, ele [Castro] não possui esse conhecimento integral”.
Durante sua fala, o ministro destacou a relevância da cooperação entre as procuradorias federal e estadual como uma ferramenta vital para o combate a irregularidades no setor de combustíveis. Haddad argumentou que o estado se beneficiará com essa colaboração, afirmando que essa articulação é uma medida necessária para evitar o que chamou de “cenas como as de ontem”, em alusão à operação policial que resultou em mais de 120 mortes em comunidades da Zona Norte do Rio de Janeiro.
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“É impensável acreditar que esse tipo de situação possa atrair turistas ou investimentos, ou que a arrecadação do governador vá aumentar”, acrescentou Haddad, reforçando a gravidade da questão da segurança pública e sua relação direta com a economia do estado.
A Refit foi interditada em setembro por meio de uma operação coordenada entre a Receita Federal e a Agência Nacional do Petróleo (ANP), sob suspeitas de irregularidades fiscais e operacionais. Artur Watt Net, diretor-geral da ANP, apontou que não havia indícios de que a refinaria realizava efetivamente o processo de refino de combustíveis, uma vez que importava produtos quase prontos, como gasolina e óleo diesel.
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Apesar de um passivo tributário estimado em aproximadamente R$ 10 bilhões, o governo do Rio de Janeiro buscou a reabertura da refinaria, alegando que o fechamento colocaria em risco seu plano de recuperação judicial. A defesa do procurador-geral do estado, Renan Miguel Saad, argumentou que a reabertura da Refit poderia assegurar R$ 1 bilhão em débitos fiscais e gerar R$ 50 milhões mensais para os cofres estaduais.
A decisão que suspendia o fechamento da refinaria, agora revogada, previa a liberação total das atividades da unidade e estabelecia um prazo de cinco dias para a realização de uma perícia técnica multidisciplinar. Esta perícia deveria avaliar as condições de operação da refinaria, a segurança do local e o cumprimento das exigências fiscais e regulatórias estabelecidas.

