Deputado Derrite Reitera Posição Contra Redução de Penas
De olho em uma possível aliança ao Senado em São Paulo, o deputado Derrite busca reaproximar o ex-ministro Salles do ex-presidente Bolsonaro e do PL. Durante sua fala, o parlamentar expressou preocupações sobre a proposta de mudança nas penas de crimes, afirmando que a Câmara dos Deputados não deve aprovar tal redução. Embora ainda não tenha lido o relatório referente ao PL Antifacção, o deputado acredita que a maioria dos colegas será contra essa alteração. Ele defendeu que “o combate ao crime organizado e às vítimas deve estar em primeiro lugar”.
Derrite não hesitou em criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que este trata bandidos como “vítimas da sociedade”. “Os 370 deputados que já votaram a favor do projeto não aceitarão a redução de penas, pois a população está cansada”, disse ele, ressaltando que o governo não percebe a realidade que a maioria dos cidadãos enfrenta. Segundo o deputado, a visão atual do governo é de que os criminosos são “coitadinhos”.
Governador de São Paulo Também Critica Posicionamento Governamental
O encontro contou com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que se alinhou aos comentários de Derrite ao criticar a “interferência ideológica” na segurança pública. Ele fez referência a uma declaração anterior do presidente Lula, que afirmou que “traficantes são vítimas dos usuários”. “Se encararmos a questão através da ideologia, não conseguiremos combater efetivamente o problema da segurança pública”, afirmou Tarcísio, sublinhando a necessidade de uma abordagem prática para lidar com a questão.
Leia também: Visita do Analista do Fundo Nacional de Segurança Pública à SSP em Maceió Fortalece Parcerias
Fonte: alagoasinforma.com.br
Leia também: Empresário Liberado Após Acusação de Agredir Policial em Vila Velha
Fonte: jornalvilavelha.com.br
O evento, que ocorreu sem a presença dos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), foi marcado por pesadas críticas à atual administração federal. Em uma participação por videoconferência, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), destacou que o governo federal tem se mostrado ausente na luta contra o crime. “O que pedimos é apoio do governo federal na proteção das fronteiras, que é uma responsabilidade dele, mas ele não age nesse sentido”, afirmou Caiado, enfatizando que as consequências recaiem sobre os estados.
Inteligência Artificial na Segurança Pública: Críticas e Regulações
Durante o evento, as críticas não se restringiram apenas à atuação do governo federal em relação à segurança pública. Caiado também chamou atenção para a legislação em discussão na Câmara sobre o uso da inteligência artificial. Segundo ele, essa legislação impõe restrições que limitam as possibilidades de inovação na segurança pública, “punindo a mente criadora”. Goiás se destacou como o primeiro estado a regulamentar o uso de inteligência artificial por instituições públicas, estabelecendo diretrizes para o uso responsável dessa tecnologia.
Leia também: Tecnologia do CSI e Ação Conjugada Resgatam Caminhão em São José dos Campos
Fonte: cidaderecife.com.br
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), ecoou as preocupações de Caiado, declarando que o governo federal tem se esquivado de suas obrigações em relação à segurança pública, especialmente com a proposta da PEC da Segurança Pública. “Não é necessário uma nova PEC para que o governo federal atue com mais força na coordenação da segurança pública. A legislação já concede ao presidente e à União os poderes necessários para liderar e coordenar as forças estaduais”, afirmou Leite.
Jorginho Mello (PL-SC), governador de Santa Catarina, também se uniu ao coro de vozes que pedem maior autonomia para os estados. “Para que mais uma PEC? Sabemos o que fazer. O governo deve focar na proteção das fronteiras e na cooperação com os estados”, afirmou, enfatizando que é vital que a administração federal não interfira nas particularidades de cada estado.

