Decisão Controversa do União Brasil
Na última segunda-feira, dia 8, o ministro do Turismo, Celso Sabino, foi expulso do União Brasil. Esta medida foi resultado de sua recusa em deixar o cargo, mesmo após a cúpula do partido ter decidido romper com o governo Lula. Em outubro, em entrevista ao Estadão, Sabino já havia deixado claro sua intenção de permanecer na equipe do presidente Lula, mesmo sabendo dos riscos envolvidos. Ele argumentou que a responsabilidade de um ministério é muito maior do que a administração de um pequeno negócio e que diversos projetos relevantes estavam em andamento.
Movimentações para 2026
Celso Sabino, que é pré-candidato ao Senado pelo Pará nas eleições de 2026, está em tratativas para se filiar ao Republicanos, outro partido do Centrão. Ele busca apoio do presidente Lula, embora o Republicanos seja o partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que é um opositor do governo federal. Inicialmente, Sabino pretendia se unir ao MDB, mas essa estratégia foi dificultada pelo fato de o governador do Pará, Helder Barbalho, também ser candidato ao Senado, além de outros nomes fortes na legenda, como o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Chicão.
As Desafios de Lula em 2026
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O presidente Lula está ciente de que tanto o Centrão quanto o MDB não farão um compromisso formal de apoio em sua campanha de 2026. No entanto, ele busca formar alianças pontuais com setores desses partidos para criar palanques regionais e contornar a oposição de direita. A relação entre Lula e o União Brasil, por sua vez, tem se deteriorado. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que é uma figura proeminente dentro do partido, ainda mantém seus aliados em cargos do primeiro escalão, desafiando a decisão do partido de se distanciar do governo.
Tensões e Rivalidades
O clima entre Lula e o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, se tornou tenso a partir de meados deste ano. As divergências foram à tona quando a bancada do partido frequentemente se dividiu em votações cruciais para o governo. Em julho, Lula não hesitou em criticar Rueda, que definiu sua gestão como “triste”, alegando que o governo não tem atendido as necessidades da sociedade. Em uma reunião ministerial, o presidente admitiu que a aversão entre eles era mútua, acentuando as fricções já existentes.
Após a Ruptura, o Caminho dos Aliados
Apesar das tensões e do rompimento, alguns ministros indicados por Alcolumbre, como Waldez Góes, à frente da Integração e Desenvolvimento Regional, e Frederico de Siqueira Filho, nas Comunicações, continuam a fazer parte do governo. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) também conta com aliados do presidente do Senado, refletindo a complexidade das relações políticas atuais. Ademais, Alcolumbre se viu em desacordo com o Palácio do Planalto após Lula indicar Jorge Messias, atual ministro da Advocacia-Geral da União, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Alcolumbre desejava que o senador Rodrigo Pacheco fosse indicado e, ao se sentir desrespeitado, iniciou a discussão sobre uma pauta polêmica que visava aumentar os gastos do Executivo.

