Um Grande Encontro da Cultura Urbana
O Campinas Hip Hop Festival, realizado no último domingo, dia 7 de dezembro, transformou o espaço em frente ao Prédio do Relógio em um vibrante centro de celebração da cultura urbana, com a participação de mais de 25 mil pessoas. A iniciativa, que teve a frente os rappers Gregory e Henry Paulino, foi promovida pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e a APAA (Associação Paulista dos Amigos da Arte).
Este ano, o festival se destacou por uma importante novidade: pela primeira vez, houve uma área dedicada a pessoas com deficiência (PCD) e a presença de intérprete de Libras, resultado de uma colaboração inovadora entre a Secretaria de Cultura e Turismo de Campinas, o festival e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social.
Artistas de Peso e Talentos Emergentes
Com uma programação repleta de mais de 20 artistas, o festival não apenas celebrou o hip hop, mas também trouxe à tona talentos locais e figuras renomadas do cenário nacional e internacional. Dentre os nomes que se apresentaram estavam MC Marechal, Ebony, Vulgo FK, Kyan, Gregory, Tasha & Tracie e Mano Brown.
Gregory, um dos organizadores, ressaltou a importância do festival para a cultura. “O hip hop é ponte, é memória e é futuro. Ver tanta gente reunida aqui, de diferentes idades, mostra que esse movimento não só vive, ele se multiplica. É sobre dar voz, criar oportunidades e mostrar que a cultura transforma realidades”, declarou.
Uma Celebração da Energia e da Conscientização
Quem também compartilhou sua percepção sobre o evento foi Jords MC, que se apresentou no palco. “Aqui tem muita ideia consciente e é muito bom ver essa energia do palco. É um público que sente, responde e fortalece a cena”, afirmou ele.
No decorrer do dia, o público teve a oportunidade de acompanhar apresentações que cruzaram gerações do hip hop, misturando artistas emergentes e figuras icônicas. Além de entretenimento, o festival também teve um caráter social, promovendo a arrecadação de alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade.
A Importância Coletiva do Festival
A secretária municipal de Cultura e Turismo, Alexandra Caprioli, enfatizou o caráter inclusivo e agregador do evento. “Este festival mostra a força de um evento que une pessoas em torno da arte. Campinas tem orgulho de sediar um encontro dessa dimensão”, declarou.
O público presente aprovou a iniciativa. A moradora de Hortolândia, Luana Ferreira, comentou: “Já é a terceira vez que venho. Gosto muito desse festival e fiquei contente porque cada vez mais temos mulheres no palco”.
Rodrigo Ferraz, campineiro, elogiou o formato ao ar livre. “Está lotado isso aqui. Muito bonito ver isso em Campinas. O sol está quente, mas estamos aqui curtindo”, disse.
Ingrid Feitosa, de Paulínia, viveu sua primeira experiência no festival. “Estou feliz porque pela primeira vez vou ver os artistas que sempre escuto nas minhas trilhas sonoras. Nunca fui a um show deles ainda e que alegria estar aqui e de graça”, contou.
A Potência do Movimento Hip Hop
MC Marechal, um dos artistas mais esperados do evento, falou sobre a força crescente do movimento. “É um movimento que só cresce. São várias gerações do hip hop. É muito lindo ver as pessoas acompanhando”, destacou, ressaltando o vínculo entre passado e futuro que a cultura hip hop representa.
O Campinas Hip Hop Festival, portanto, não foi apenas um evento musical, mas sim uma celebração coletiva da cultura, da inclusão e do poder transformador da arte.

