Impactos do Aumento de Temperaturas
No Oeste Paulista, especialmente em Presidente Prudente (SP), as temperaturas máximas registraram um aumento de 2 °C nos últimos cinco anos. As informações são da Estação Meteorológica da Unoeste e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O doutor em físico-climatologia, Vagner Camarini, destaca que a média histórica das temperaturas máximas no verão é de 32 °C, sendo que, em janeiro de 2024, a temperatura atingiu 38,6 °C, quatro graus acima do esperado.
Ele explica que o verão nesta região é conhecido por sua combinação de chuvas e altas temperaturas. Mesmo com a alta pluviosidade e nebulosidade, os recordes de temperatura máxima não costumam ocorrer durante o verão, que é a estação com o maior índice pluviométrico do ano.
Temperaturas nos Últimos Anos
De acordo com os dados, a maior média das temperaturas máximas na região foi registrada há uma década, com 34,6 °C, superando a média histórica em dois graus. Confira as temperaturas máximas observadas nos últimos verões, conforme a Estação Meteorológica da Unoeste e o Inmet:
- 2020/2021: 32,3 °C
- 2021/2022: 33,2 °C
- 2022/2023: 30,9 °C
- 2023/2024: 34,3 °C
- 2024/2025: 34,1 °C
O climatologista Vagner Camarini ressalta que, nos últimos cinco anos, as temperaturas máximas oscilaram entre 32,3 °C e 34,3 °C, com o verão de 2023/2024 sendo o mais quente. Para o verão de 2025/2026, a previsão é que a temperatura média fique cerca de 1 °C acima do normal, em torno de 33 °C, mas ainda assim 1 °C abaixo do recorde histórico de 2015.
Previsão de Chuvas e Impactos na Agricultura
Em relação às chuvas, a expectativa é que o acumulado durante o verão varie entre 550 mm e 650 mm, o que se alinha à média histórica para a região. Vagner Camarini destaca que, apesar do calor, este será um verão típico para a região, com um impacto positivo nas atividades agrícolas e pecuárias.
A previsão do Inmet aponta que o verão é uma época marcada por temperaturas elevadas em todo o Brasil, devido à posição da Terra em relação ao Sol. Isso resulta em dias mais longos e em rápidas mudanças climáticas, que podem gerar chuvas intensas, granizo, ventos fortes e até descargas elétricas.
Retrospectiva Climatológica e Impactos na Saúde
Em uma análise climatológica, Camarini observa que o verão de 2025 foi caracterizado por chuvas abundantes e um inverno seco, com um dos períodos mais secos dos últimos anos. Esse cenário afetou negativamente culturas de inverno que não foram irrigadas, atrasando a implantação das culturas de verão.
Durante o verão, conforme o Ministério da Saúde, é importante estar ciente das doenças que podem surgir devido às altas temperaturas e diferentes atividades de lazer. A falta de cuidados adequados — como o uso de protetor solar, hidratação adequada e alimentação saudável — pode comprometer a saúde. Água acumulada em recipientes e o contato com águas de enxurradas também são fatores a serem observados, pois podem levar a doenças.
Doenças Comuns no Verão
Entre as doenças mais frequentemente reportadas no verão, estão:
- Desidratação: Ocorre quando a perda de líquidos supera a reposição.
- Micose na pele: Infecções causadas por fungos que afetam a pele, couro cabeludo e unhas.
- Insolação: Resulta da exposição excessiva ao sol, causando sintomas como dor de cabeça, tontura e queimaduras.
- Intoxicação alimentar: Decorrente do consumo de alimentos impróprios.
- Conjuntivite: Inflamação ocular que pode ser facilmente transmitida.
- Arboviroses: Aumento de casos de dengue, zika e chikungunya devido à proliferação do mosquito transmissor.
Portanto, os cuidados durante o verão são fundamentais para prevenir problemas de saúde e garantir uma estação segura e prazerosa.

