Paralisação dos Rodoviários e suas Reivindicações
No Rio de Janeiro, rodoviários das viações Vila Isabel e Real iniciaram uma paralisação, impactando mais de 20 linhas de ônibus na capital. De acordo com informações do Sindicato dos Rodoviários, a mobilização é consequência de uma série de problemas que persistem há meses, sendo as principais reivindicações relacionadas ao atraso no pagamento de salários e vale-alimentação, demissões em massa sem quitação das verbas rescisórias, além de férias não pagas desde outubro. Outros pontos criticados incluem a falta de depósito do FGTS e do INSS, não repasse de pensões alimentícias e empréstimos consignados, cancelamento do plano odontológico sem aviso prévio e, por fim, as precárias condições de trabalho que incluem ônibus sem manutenção e infestação de baratas.
Conforme o sindicato, os trabalhadores estão concentrados em quatro pontos estratégicos: a Central do Brasil, o Terminal Gentileza, um terreno na Avenida Brasil próximo ao Assaí e a garagem localizada em Vila Isabel. O vice-presidente do sindicato, José Carlos Sacramento, enfatizou que os funcionários não retornarão ao trabalho até que todos os pagamentos de salários, férias, FGTS e vale-alimentação sejam regularizados. “Vamos tentar um acordo para evitar que a população seja prejudicada”, afirmou Sacramento.
Ações da Prefeitura e Impacto na População
Em resposta à paralisação, a secretária Municipal de Transportes, Maína Celidonio de Campos, comunicou que determinou o aumento imediato do número de viagens por meio dos consórcios, visando minimizar os impactos na população. “Enviamos um ofício ao consórcio ordenando o aumento imediato do número de viagens nas linhas de contingência e que assumam, de forma emergencial, a operação das linhas que estão paralisadas”, disse a secretária.
A Prefeitura do Rio ressaltou que os repasses de subsídios aos consórcios estão em dia, e que a paralisação é uma questão que deve ser resolvida entre empregadores e funcionários. O cenário de crise nas viações Real e Vila Isabel não é novidade. Nos últimos dois meses, tanto o g1 quanto a TV Globo noticiaram problemas graves, como a circulação de ônibus sem manutenção, frota reduzida e atrasos constantes nos serviços prestados.
A situação ficou ainda mais crítica após um incidente em que um ônibus da empresa pegou fogo dentro do Túnel Rebouças, em novembro, colocando a segurança dos passageiros em risco. Em nota, a Rio Ônibus e o Consórcio Intersul confirmaram que estão monitorando a situação e destacaram que a crise enfrentada pelo setor já foi alertada diversas vezes.
Linhas Atingidas e Alternativas de Deslocamento
As linhas afetadas pela paralisação incluem diversas rotas importantes da Viação Real, entre elas:
- 🚌 108 – Terminal Gentileza x Ipanema
- 🚌 110 – Terminal Gentileza x Leblon
- 🚌 112 – Terminal Gentileza x Gávea
- 🚌 163 – Terminal Gentileza x Copacabana
- 🚌 181 – Rodoviária x São Conrado
- 🚌 222 – Vila Isabel x Gamboa
- 🚌 309 – Central x Alvorada
Além dessas, também foram paralisadas as linhas da Viação Vila Isabel, incluindo:
- 🚌 163 – Terminal Gentileza x Copacabana
- 🚌 222 – Vila Isabel x Gamboa
- 🚌 432 – Vila Isabel x Gávea
- 🚌 433 – Vila Isabel x Siqueira Campos
Os usuários que dependem do transporte público podem recorrer a alternativas de deslocamento. Por exemplo, passageiros do Terminal Intermodal Gentileza podem usar as linhas 169 e 161 para se deslocar até Ipanema e General Osório, respectivamente. A linha 232 cobre o trajeto entre Vila Isabel e o Centro, enquanto a linha 435 atende os passageiros de Vila Isabel até Maracanã.
Com mais de 100 ônibus parados em uma garagem na Zona Norte do Rio, a situação é preocupante, e a população aguarda uma solução rápida para que o transporte público volte à sua normalidade.

