Expectativas de Crescimento para o Santos Dumont
Nesta segunda-feira (22), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou que o Aeroporto Santos Dumont, localizado no coração do Rio de Janeiro, terá seu limite de passageiros ampliado a partir de 2026. Durante entrevista à GloboNews, o ministro destacou que o número atual de 6,5 milhões de passageiros anuais será elevado em até 1,5 milhão, sem que isso impacte as operações do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão.
“Estamos propondo uma liberação que não afeta o Galeão. É uma medida que visa atender à demanda crescente por voos no Santos Dumont”, afirmou Costa Filho, enfatizando que a decisão foi tomada após um intenso diálogo com as partes envolvidas.
Controvérsias e Críticas
Entretanto, o anúncio gerou descontentamento do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Ele criticou a possibilidade de aumentar o fluxo de passageiros, alegando que há “forças ocultas” atuando na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para reverter a política que, segundo ele, tem sido benéfica. Paes enfatizou que a restrição anterior havia gerado um resultado positivo para a economia fluminense e contribuído para o aumento no movimento do Galeão.
Desde a implementação do teto em 2023, o Santos Dumont viu sua movimentação anual de passageiros cair drasticamente, passando de 10,9 milhões para 5,7 milhões. Em contrapartida, o Galeão observou um crescimento significativo, com o número de passageiros saltando de 6,8 milhões para 16,1 milhões. Esse cenário resultou em um aumento total de 23% na movimentação dos aeroportos do Rio, que passou de 17,7 milhões em 2023 para 21,8 milhões em 2025.
Transparência e Diálogo
Após as declarações do prefeito, a Anac respondeu às críticas, afirmando que suas ações são pautadas pela transparência e seguindo as diretrizes do Ministério de Portos e Aeroportos, do Tribunal de Contas da União (TCU) e do governo federal. Em sua defesa, o ministro Costa Filho reiterou que o aumento no teto de passageiros não foi uma decisão tomada de forma isolada, mas foi resultado de um processo de negociação que começou em junho e envolveu várias partes interessadas, incluindo a prefeitura e o governo do estado.
“O entendimento foi construído de maneira colaborativa. Não houve unilateralidade na decisão. Participaram do processo a concessionária do Galeão, a Anac, técnicos do TCU e outros stakeholders importantes”, explicou Costa Filho. Ele também enfatizou que a expansão do Santos Dumont deve coexistir com o crescimento do Galeão, ressaltando a relevância dos dois terminais para o desenvolvimento econômico da cidade.
Perspectivas Futuras
Com o aumento do turismo e o crescimento da economia brasileira, Costa Filho se mostrou otimista quanto ao futuro dos dois aeroportos. “É fundamental que tanto o Santos Dumont quanto o Galeão se desenvolvam. Novas companhias aéreas estão começando a operar no Rio, o que deve impulsionar ainda mais o turismo internacional”, concluiu, reforçando a necessidade de crescimento equilibrado entre os terminais aéreos.

