Comemoração em Brasília e Reflexões sobre o Futuro da Câmara
O aniversário do ministro da Previdência, Wolney Queiroz, realizado em Brasília, transformou-se em um verdadeiro painel de discussões sobre a atual fase da Câmara dos Deputados. O evento, que atraiu ex-presidentes e diversas figuras políticas, trouxe à tona a iminente possibilidade de cassação dos deputados Glauber Braga (PSOL-RJ) e Carla Zambelli (PL-SP), assunto que dominou os diálogos da noite.
As especulações a respeito da reeleição de Arthur Motta ao cargo de presidente da Câmara em 2027 começaram a ser debatidas, com alguns parlamentares de esquerda expressando dúvidas sobre a viabilidade dessa candidatura. Eles argumentam que será um desafio para Motta conseguir manter a continuidade do comando, um feito que foi alcançado anteriormente por Rodrigo Maia e Arthur Lira, que presidiram a casa em mandatos consecutivos, de 2016 a 2021 e até o início de 2023, respectivamente.
A eleição de Motta, ocorrida em fevereiro deste ano, foi marcada por uma acirrada competição entre diversas lideranças que também aspiravam à presidência. Durante a festa de ontem (9), um dos ex-líderes presentes comentou de maneira bem-humorada que gerir a Câmara é uma tarefa complexa, sugerindo que nem todos estão aptos para a função de “gerente de hospício”.
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A percepção geral entre os presentes foi de que Motta parece ter “perdido a mão” ao autorizar a ação da Polícia Legislativa contra a ocupação da cadeira de presidente por Glauber Braga. No entanto, muitos parlamentares demonstraram compreensão em relação ao clima de tensão preponderante, especialmente em um ano eleitoral repleto de disputas.
Ao serem questionados sobre se foram informados previamente da decisão de Motta, deputados próximos a ele, como Odair Cunha e Aguinaldo Ribeiro, afirmaram que não tinham conhecimento da medida anterior à sua implementação.
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Os colegas de partido de Glauber Braga no PSOL apontaram que o deputado adotou uma postura mais radical em sua defesa, mas criticaram a abordagem de Motta, observando que este teve uma conduta distinta em relação a outros membros da mesa diretora que pertencem à direita.
Além disso, integrantes do PDT manifestaram que veem Motta sendo influenciado por seus arredores, referindo-se à pressão exercida por políticos alinhados a Bolsonaro e membros do centrão. Em resposta a essa situação, eles declararam que se oporão à cassação proposta.