Operação Policial Contra o Crime Organizado
No dia 16 de outubro de 2025, a Polícia Civil realizou uma operação significativa, cumprindo mandados de busca e apreensão em locais ligados ao contraventor Vítor Pereira Lajas e ao policial militar Sandro Badaró de Oliveira. As ações ocorreram na Barra da Tijuca, em Jacarepaguá, e na Ilha do Governador, com o objetivo de desmantelar uma rede criminosa envolvida em atividades ilegais, incluindo a exploração de jogos de azar. Durante a operação, os agentes encontraram na residência de Lajas, que está foragido, a quantia expressiva de R$ 330 mil em dinheiro vivo, além de três computadores, uma máquina de contar dinheiro, um celular e uma quantia em moeda estrangeira.
Vítor Lajas é considerado o mandante de uma tentativa de homicídio que teve como alvo Gláucio Raimundo Cardoso, ocorrida no final de agosto na Praia da Bica, na Ilha do Governador. Badaró, que foi preso em flagrante por disparar contra a vítima, atualmente aguarda julgamento em prisão preventiva. A Polícia Militar confirmou, através de nota, que a Corregedoria-Geral prestou apoio no cumprimento dos mandados de busca e apreensão contra o policial.
Detalhes do Crime e o Papel do Policial Militar
As investigações indicam que Lajas, líder de um grupo criminoso responsável pela exploração de jogos de azar, ordenou a execução de Gláucio, a quem considerava um obstáculo em seus negócios ilícitos. Imagens de câmeras de segurança mostram que a vítima foi monitorada antes do atentado. Na noite do crime, aproximadamente às 22h, Badaró posicionou-se atrás de uma árvore próxima a um restaurante onde Gláucio jantava com sua esposa. Assim que o casal deixou o local, o policial se aproximou e disparou contra Gláucio, que, em um ato de reação, conseguiu atingir Badaró antes de ser ferido.
Após o ataque, o policial fugiu em uma motocicleta e buscou atendimento em um hospital próximo. Durante sua internação, Gláucio identificou Badaró como o responsável pela agressão e segurança de Vítor Lajas, informação que foi confirmada posteriormente pela polícia através de imagens e depoimentos.
Possíveis Indícios de Obstrução da Justiça
As investigações também levantam suspeitas de que ações estavam sendo realizadas com a intenção de destruir provas. Na mesma data da operação, agentes da 37ª DP (Ilha do Governador) descobriram documentos que indicam que Lajas possui cidadania portuguesa, o que sugere uma possível fuga do Brasil.
Alvos Adicionais na Operação
Ainda de acordo com a Polícia Civil, além de Lajas e Badaró, outras figuras foram alvos de mandados de busca e apreensão, incluindo Anderson de Oliveira Santos, conhecido como Passarinho, e o ex-policial militar Raphael Vieira Rangel, que fazem parte da organização criminosa. Segundo as autoridades, Anderson atua como gerente das operações ilegais, enquanto Raphael é identificado como o chefe de segurança da quadrilha, responsável pela coordenação do braço armado e pela proteção dos líderes do grupo.
Com esta operação, a Polícia Civil busca não apenas desmantelar o esquema criminoso, mas também trazer justiça para as vítimas e coibir a crescente violência relacionada a atividades ilícitas na região.