Responsáveis pela Colisão com Baleia-jubarte Autuados
A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas-RJ) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) tomaram providências na manhã desta sexta-feira (18), autuando os indivíduos envolvidos na colisão de uma embarcação com uma baleia-jubarte em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos. O incidente, que ocorreu em 6 de julho, gerou grande repercussão nas redes sociais, especialmente após a divulgação de um vídeo que capturou o momento do impacto, próximo à costa.
Os autuados, Jefferson Rangel, de 36 anos, que conduzia a embarcação, e seu pai, Genildo Rangel, de 65 anos, foram responsabilizados por diversas infrações ambientais, de acordo com a Lei Estadual nº 3467/2000. As sanções incluem a perseguição à fauna nativa, maus-tratos e molestar cetáceos em águas jurisdicionais brasileiras, com multas que podem chegar a R$ 28 mil.
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De acordo com os fiscais que participaram da operação, Jefferson atua no setor de turismo náutico e possui a habilitação necessária para operar a embarcação, que está regularizada junto à Capitania dos Portos de Cabo Frio. Após o incidente, o barco foi encontrado atracado em um píer de Arraial do Cabo, passando por reformas. No entanto, não há confirmação de que esses reparos estejam relacionados ao impacto com a baleia. Até o momento, o cetáceo envolvido na colisão não foi localizado.
Em seu depoimento, Jefferson alegou que não teve a intenção de atingir o animal, explicando que as máquinas estavam desligadas no momento do choque e que a embarcação não pode parar imediatamente. Ele também observou um aumento no número de baleias na região, o que, segundo ele, torna a navegação mais desafiadora.
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Bernardo Rossi, secretário estadual do Ambiente, ressaltou a importância da fiscalização, especialmente durante o período de migração das baleias-jubarte, que ocorre entre junho e setembro. “O trabalho que estamos realizando ressalta o compromisso dos órgãos ambientais na proteção da nossa fauna marinha e na responsabilização por condutas que coloquem em risco os animais,” afirmou Rossi.
O Inea reforça que as embarcações de turismo devem seguir normas rígidas de proteção ambiental, como manter uma distância segura dos cetáceos e respeitar limites de velocidade nas áreas em que esses animais estão presentes, visando prevenir aproximações que possam causar estresse ou colisões.
Se a baleia for encontrada morta, as penalidades aplicáveis poderão ser ainda mais severas, conforme previsto pela legislação vigente. A população também pode colaborar no combate a crimes ambientais, realizando denúncias de maneira anônima através dos números 0300 253 1177 (interior) ou 2253-1177 (capital), por meio do aplicativo Disque Denúncia RJ ou pela plataforma Ouver.rj.