Imagens Reveladoras de Atuação Policial
Vídeos capturados por câmeras corporais instaladas em policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) expõem a conduta de oito agentes que foram flagrados vasculhando uma residência no complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. O incidente ocorreu no dia 15 de janeiro deste ano, durante uma operação de combate ao tráfico de drogas.
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Fonte: soudebh.com.br
As imagens, divulgadas pelo jornal O Globo, mostram os policiais abrindo gavetas e armários, trazendo à tona um comportamento questionável. Os agentes não apenas reviraram os pertences da casa, mas também experimentaram perfumes, elogiaram roupas de marca e separaram tênis de grife.
Em meio aos diálogos registradas nas gravações, um dos policiais menciona: “Se estivesse com a viatura, levava a JBL (caixa de som)”. Outro deles se refere a um par de tênis, afirmando: “Esse tênis não é de lojinha, é de loja”. Um terceiro agente observa, satisfeito: “Esse Nike Shox passa de R$ 2.000, fácil”. Os comentários revelam uma clara trivialização da situação, com um dos policiais perguntando sobre a presença de bebidas: “Tem 43 [licor]?”.
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Fonte: acreverdade.com.br
Além disso, há um momento em que, ao avistar um celular, um policial expressa cautela: “Não quero ser acusado de levar isso”. Esse contexto levanta sérias preocupações sobre a ética e a responsabilidade dos profissionais encarregados da segurança pública no Brasil.
A Corregedoria da PM informou que já tomou conhecimento do conteúdo das gravações. Após a investigação, o caso foi encaminhado à Promotoria Militar nesta terça-feira (30). Em nota oficial, a corporação anunciou que os policiais foram afastados do serviço de rua e estão cumprindo funções administrativas enquanto a situação é apurada.
A PM também reafirmou seu compromisso em não tolerar desvios de conduta, assegurando que os envolvidos serão punidos com rigor. A operação em questão, denominada Operação Caixinha, tinha como foco desmantelar a estrutura financeira do Comando Vermelho, uma das principais facções do tráfico de drogas no estado. O alvo principal da operação era Fhillip Gregório da Silva, conhecido como Professor, suspeito de tráfico de drogas e apontado como fornecedor de armas; ele veio a falecer meses depois do incidente.