Despedida e Novo Desafio Político
Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro, anunciou sua renúncia ao mandato para concorrer ao Senado em Santa Catarina. Durante o discurso de despedida, Carlos expressou sua emoção ao lembrar do pai, que cumpre pena na superintendência da Polícia Federal em Brasília. ‘Sai dessa cidade com o coração cheio de saudade, mas também com a serenidade de quem atende a uma missão maior’, declarou, enfatizando que sua mudança não se trata de uma fuga, mas da continuidade de sua luta política.
O vereador, que iniciou sua trajetória na política carioca em 2000, destacou suas principais realizações, incluindo a criação de um clube de literatura clássica e a instituição do ‘Dia Municipal da Liberdade de Expressão’. Em um momento marcado pela emoção, Carlos afirmou: ‘Hoje ele enfrenta uma vida injusta, fruto de um processo recheado de contradições… A Justiça, cedo ou tarde, abrirá a porta que querem manter fechada’.
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O presidente da Câmara do Rio, Carlo Caiado (PSD), elogiou Carlos, chamando-o de ‘sincero’ e ‘amigo’, ressaltando a trajetória do vereador apesar das diferenças políticas. A decana da Casa, Rosa Fernandes (PSD), também fez um discurso em homenagem ao colega, lembrando seus primeiros passos na Câmara, quando ainda era menor de idade. ‘Vi aquele menino se tornar um homem que amadureceu apanhando’, comentou Rosa.
Candidatura ao Senado em Santa Catarina
A mudança de Carlos Bolsonaro para Santa Catarina já começa a gerar repercussões. Com planos de se candidatar a senador pelo estado, ele tem viajado para a região com frequência. A avaliação do PL é que Carlos possui boas chances de vitória em Santa Catarina, onde quase 70% dos votos foram para seu pai, Jair Bolsonaro, no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Contudo, no Rio de Janeiro, o cenário é mais complicado, visto que seu irmão, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), também deve ser um dos candidatos ao Senado.
Em Santa Catarina, a candidatura de Carlos não é vista com unanimidade no PL. Parte da legenda já expressou preocupação, argumentando que sua candidatura poderia deslocar a deputada federal Carol de Toni (PL-SC), outra pré-candidata ao Senado. A disputa interna se intensifica enquanto Carlos busca consolidar sua nova jornada política, em um cenário onde as alianças e estratégias serão cruciais para seu sucesso nas urnas.