Prefeitas e Prefeitos Assinam Carta em Defesa do Papel das Cidades na Ação Climática

Compromisso das Cidades com a Ação Climática

Na última terça-feira, 4 de novembro, durante o Fórum de Líderes Locais da COP30, mais de 100 prefeitas e prefeitos de cidades médias e grandes do Brasil se reuniram para lançar a Carta dos Prefeitos da Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Este documento, que será entregue oficialmente na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em Belém, Pará, defende a ideia de um federalismo climático como alicerce para uma transição justa e sustentável.

A carta reafirma o papel fundamental das cidades na agenda climática global, sublinhando a necessidade de fortalecer os governos subnacionais nas ações propostas. O texto foi apresentado ao final da Assembleia Geral da FNP e destaca a importância das cidades no enfrentamento da crise climática, lembrando que mais de 80% da população brasileira reside em áreas urbanas, onde os impactos das mudanças climáticas são mais severos e urgentes.

Além disso, o documento delineia seis áreas prioritárias de ação, que visam fortalecer a atuação local em questões climáticas e, ao mesmo tempo, reforçar a posição das cidades no regime climático global. As propostas destacadas incluem a promoção de inovações, a participação social e a busca por equidade, elementos cruciais para a construção de soluções eficazes e inclusivas.

Os líderes presentes enfatizaram que a transição climática não pode ser alcançada sem a participação ativa dos municípios. Um dos prefeitos, que preferiu não ser identificado, afirmou que “as cidades são a linha de frente na luta contra as mudanças climáticas. Precisamos de mais autonomia e recursos para implementar políticas que respondam às necessidades locais”. Essa afirmação ecoa um sentimento crescente entre os gestores municipais que acreditam que suas experiências e desafios precisam ser mais valorizados nas discussões nacionais e internacionais.

A entrega da carta na COP30 representa não apenas um apelo à ação, mas também um reconhecimento de que a luta pelo clima deve ser descentralizada, permitindo que as cidades adotem medidas que reflitam suas realidades e necessidades específicas. Com as cidades enfrentando os efeitos da crise climática de maneira direta, o papel dos prefeitos na formulação e implementação de soluções se torna ainda mais crucial.

Assim, esses líderes municipais se posicionam como protagonistas em um movimento que busca não apenas mitigar os efeitos das mudanças climáticas, mas também promover um desenvolvimento sustentável e justo para suas comunidades. A expectativa agora é que a mensagem contida na carta reverberem em outros fóruns e influencie positivamente as políticas públicas voltadas para a ação climática no Brasil e no mundo.