Censos de Renda: O Que Revela o Censo 2022
Os dados mais recentes do Censo 2022, divulgados pelo IBGE, trouxeram à luz as disparidades de renda entre os municípios brasileiros, com o Rio de Janeiro não sendo uma exceção. As estatísticas destacam a distância entre localidades como Nova Lima, em Minas Gerais, que possui uma renda domiciliar per capita média de R$ 4.300, e Uiramutã, em Roraima, onde a média não ultrapassa R$ 289. Dentro do Estado fluminense, esses contrastes se refletem até entre cidades vizinhas, como Niterói e São Gonçalo. Confira a seguir os principais dados sobre a renda nas cidades do Rio de Janeiro.
A Cidade Mais Rica do Estado: Niterói
De acordo com o Censo 2022, Niterói se destaca como a cidade com maior rendimento domiciliar per capita do Rio de Janeiro, apresentando uma média de R$ 3.577,32 por mês. Esse valor é quase triplo em comparação a São Gonçalo, que registra R$ 1.209,50, e aproximadamente o dobro do que é observado em Maricá, com R$ 1.707,99. É interessante notar que Maricá, impulsionada pelos royalties do petróleo, tem experimentado um crescimento econômico rápido, porém ainda assim fica atrás de Niterói neste indicador.
O rendimento domiciliar per capita considera o valor disponível por todos os membros de uma residência, incluindo aqueles que não geram renda, como crianças e idosos. Nesse contexto, Niterói ocupa a quinta posição no ranking nacional de renda per capita, atrás de cidades como Nova Lima/MG e São Caetano do Sul/SP.
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Fonte: olhardanoticia.com.br
Outras Cidades com Altos Rendimentos
Além de Niterói, o município do Rio de Janeiro ocupa a segunda posição no estado, com uma renda média de R$ 2.515,32. Na sequência estão Resende (R$ 1.881,11), Macaé (R$ 1.876,38) e Teresópolis (R$ 1.860,47). Esses dados revelam como algumas localidades do Rio, embora relativamente próximas, podem ter rendimentos bastante divergentes.
As Cidades com Menores Rendimentos
No extremo oposto, os municípios da Baixada Fluminense se destacam por apresentarem os menores rendimentos domiciliares per capita, segundo as informações do IBGE. Japeri lidera essa lista com uma média de R$ 786,34, seguido por Belford Roxo, com R$ 915,03, e São Francisco de Itabapoana, que apresenta uma média de R$ 939,48.
Comparações em Regiões da Baixada Fluminense
Dentro da Baixada Fluminense, Paracambi surge como a cidade mais rica, registrando um rendimento mensal domiciliar per capita de R$ 1.349,13, o que evidencia a disparidade de renda entre cidades tão próximas. Essa realidade destaca a necessidade de atenção às políticas públicas que visam diminuir essas desigualdades.
Rendimento Médio do Trabalho nos Municípios
Outro critério utilizado para medir a renda das populações municipais é o rendimento médio de todos os trabalhos, levando em consideração pessoas de 14 anos ou mais que possuem rendimento. Nesse contexto, Niterói novamente se destaca, com um valor médio de R$ 5.371,43. As cidades que seguem essa lista são Rio de Janeiro (R$ 4.081,71) e Macaé (R$ 3.380,70).
Na outra ponta, estão os municípios com os menores rendimentos: São Francisco de Itabapoana (R$ 1.563,45), Varre-Sai (R$ 1.586,16) e Japeri (R$ 1.671,89). Esses números enfatizam ainda mais a preocupação com a desigualdade económica, que afeta a qualidade de vida de muitos cidadãos fluminenses.
Análise Regional dos Rendimentos
Quando analisamos os municípios com os melhores resultados de rendimento médio, encontramos Niterói na região metropolitana, seguido por Petrópolis (Serrana: R$ 2.869,02), Paraty (Costa Verde: R$ 2.735,04), e Rio das Ostras (Baixadas Litorâneas: R$ 3.146,55). Essas análises regionais ajudam a entender melhor a dinâmica econômica do estado.
Por outro lado, as cidades mais pobres em cada região incluem: Japeri (Metropolitana: R$ 1.671,89), Sumidouro (Serrana: R$ 1.695,37), e São Francisco de Itabapoana (Norte Fluminense: R$ 1.563,45). Essa disparidade entre as regiões deve ser um ponto de reflexão para a formulação de políticas que visem reduzir a desigualdade no Estado do Rio de Janeiro.