Um Mergulho na Diversidade Artística
A Casa de Cultura do Parque, localizada em São Paulo, se prepara para o III Ciclo Expositivo, que ocorrerá entre 29 de novembro de 2025 e 22 de fevereiro de 2026. Este evento, com entrada gratuita, trará três exposições intrigantes: “Som e Fúria” na Galeria, “Balada para um espectro” no Gabinete, e “Corpo-a-corpo” no Projeto 280X1020. O ciclo é inspirado na rica coleção de Regina Pinho de Almeida, fundadora da casa, e busca provocar novas reflexões sobre diferentes formas de arte.
Os curadores Claudio Cretti e Tetê Lian enfatizam que a coleção, que abriga mais de 500 obras, é composta por uma variedade de expressões artísticas, incluindo trabalhos sonoros, objetos caixote, esculturas motorizadas e publicações experimentais. Eles destacam que a proposta é romper com as estruturas tradicionais de exibição e incentivar o público a reavaliar suas percepções sobre a arte.
Na abertura do evento, a Casa de Cultura do Parque também apresentará “Para-luz”, uma exposição de Aline Ricci, que será exibida na fachada do local como parte do projeto Dando Bandeira. As novas bandeiras que adornam a fachada reforçam a atmosfera inovadora e convidativa do espaço.
Exposições que Provocam Reflexão
Em “Som e Fúria”, a Galeria se transforma em um ambiente interativo onde automação, som e movimento são utilizados para explorar a complexidade das emoções humanas. O título da exposição é inspirado em um famoso romance de William Faulkner, publicado em 1929, e também remete a uma citação da peça “Macbeth” de Shakespeare, evocando uma sensação de tumulto e caos. Entre os artistas que participarão da mostra estão André Komatsu, Chelpa Ferro, Emmanuel Nassar e Nuno Ramos, que trazem obras que desafiam a percepção do espectador e a categorização rígida da arte.
No Gabinete, “Balada para um espectro” apresenta um diálogo com o conceito de coleção, exibindo obras que vão além do plano bidimensional. Com textos críticos de Ella Pacheco, a mostra inclui artistas renomados como Augusto de Campos, Cildo Meireles e Marcel Duchamp. Particularmente, “A Caixa Verde” de Duchamp é uma peça marcante, reunindo 68 trabalhos do artista francês em um formato desdobrável que reinventa a noção de ready-made.
Corpo e Contexto na Arte Contemporânea
O Projeto 280X1020 receberá “Corpo-a-corpo”, uma exposição que reflete sobre a presença do corpo na produção artística contemporânea. Com textos escritos por Giovanna Bragaglia, a mostra contará com obras de Acelino Sales, Alex Cerveny, Bárbara Wagner e Regina Parra. A fotógrafa Bárbara Wagner, por exemplo, apresentará a série “Brasília Teimosa”, que retrata momentos de sociabilidade e celebração na periferia do Recife, ressaltando as dinâmicas sociais e culturais de comunidades frequentemente invisibilizadas.
Além das exposições, “Para-luz” de Aline Ricci transformará a fachada da Casa de Cultura em um espaço de arte pública. Com bandeiras em tons vibrantes, Ricci utiliza materiais comuns em sinalização de segurança, criando um diálogo visual que se integra ao ambiente ao redor e provoca a reflexão sobre percepção e espaço.
Uma Casa de Cultura Viva
A Casa de Cultura do Parque, situada em frente ao Parque Villa-Lobos, é um importante espaço de promoção da cultura e educação em São Paulo. Com uma agenda rica em exposições, shows e atividades educativas, ela busca ampliar o acesso e a apreciação da arte contemporânea. Em parceria com o Instituto de Cultura Contemporânea (ICCo), a Casa realiza um trabalho socioeducativo, oferecendo uma programação diversificada que atrai visitantes de todas as idades.
O III Ciclo Expositivo é uma oportunidade imperdível para os amantes da arte e para aqueles que buscam novas experiências culturais. O evento será inaugurado no dia 29 de novembro, das 14h às 18h, e ficará em cartaz até 22 de fevereiro de 2026, com funcionamento de quarta a domingo, das 11h às 18h. A entrada é gratuita e os interessados são convidados a explorar as instalações da Casa de Cultura, que promete surpreender e instigar reflexões sobre a arte e sua diversidade.