Aumento da violência Leva à Interrupção dos Serviços em Clínicas da Família
No Rio de Janeiro, a insegurança tem gerado um impacto alarmante nas unidades municipais de saúde, com mais de 700 atendimentos suspensos até o momento em 2025. Esse número, que equivale a cerca de três ocorrências por dia, foi registrado pela Secretaria Municipal de Saúde, que contabilizou exatos 736 incidentes entre janeiro e 29 de setembro. A situação revela um cenário preocupante para a saúde pública na cidade.
O episódio mais recente de violência ocorreu na Maternidade Carmela Dutra, localizada no Méier, zona norte do Rio. Em uma quarta-feira, a maternidade se viu obrigada a interromper temporariamente seus serviços após um homicídio a tiros acontecer em seu estacionamento. Trata-se de um evento trágico que reflete a crescente insegurança na região.
Na terça-feira anterior, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Costa Barros, também na zona norte, fechou suas portas e precisou transferir os pacientes devido a uma invasão por criminosos. Os bandidos estavam à procura de rivais baleados em um confronto e chegaram a retirar pacientes à força do local. Essa situação causou verdadeiro pânico entre funcionários e usuários.
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A Secretaria Municipal de Saúde reconhece que o espaço não oferece segurança para a reinicialização das operações da UPA. Em resposta à crise, a Polícia Militar afirmou ter intensificado o policiamento nas imediações, e essa medida valerá por tempo indeterminado. A comunidade local, por sua vez, manifestou sua preocupação, realizando protestos para reivindicar a reabertura da unidade de atendimento.
Além disso, há cerca de duas semanas, outra unidade de saúde enfrentou um episódio violento. Criminosos encapuzados invadiram o Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na zona oeste, com a intenção de assassinar um paciente. Felizmente, o indivíduo conseguiu escapar, mas o ocorrido aumenta a tensão sobre a segurança em instituições de saúde.
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Fonte: amapainforma.com.br
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Fonte: odiariodorio.com.br
Em meio a essa situação alarmante, o secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, em entrevista à RECORD, declarou que um ofício foi enviado à Secretaria Estadual de Segurança Pública. O documento contém um relatório detalhado sobre os incidentes e uma solicitação urgente por “ações estratégicas” que visem impedir que a violência continue a afetar as unidades de saúde da cidade. A necessidade de medidas concretas para garantir a segurança tanto de pacientes quanto de profissionais é premente.
O R7 procurou a Secretaria de Segurança Pública para discutir as ações que estão sendo planejadas para proteger as unidades de saúde, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem. O espaço permanece aberto para qualquer manifestação da pasta.