Dor e Luta por justiça: O Legado de Juan e Leorran em Cabo Frio
Três anos após a trágica morte de Juan Teixeira, de 21 anos, e Leorran Areia, de 20, atropelados por um motorista embriagado em Cabo Frio, as famílias das vítimas ainda vivem com a dor da perda e a busca incansável por justiça. O caso, que ganhou repercussão recente no programa Balanço Geral da Record Interior, continua sem audiência marcada e o acusado permanece foragido das autoridades.
O acidente ocorreu em 2022, quando os jovens pilotavam suas motocicletas pela Avenida Nossa Senhora da Assunção. Eles foram atingidos por um veículo conduzido por outro jovem, que, segundo testemunhas, estava sob efeito de álcool. Imagens capturadas logo após o acidente mostram um dos ocupantes do carro segurando garrafas de bebida alcoólica, poucos minutos antes da chegada da polícia.
Desde então, as famílias têm promovido atos em memória das vítimas, clamando por punição ao responsável. “Meu filho era filho único. Meu sonho de ser avó, de ver minha família crescer, era com ele. Hoje eu não tenho mais isso”, desabafou Verônica Souza, mãe de Juan.
A perda afetou profundamente a vida de todos ao redor. “Mudei de lugar porque na minha casa eu ouvia a voz dele, via os detalhes dele ali. Mudou a minha história”, completou Verônica, emocionada.
Darlene Areia, mãe de Leorran, lembra que a luta vai além da dor pessoal: “A justiça dos homens pode falhar, mas a de Deus não. Muitos podem ter esquecido, mas nós vamos viver com isso para sempre.” A resiliência das mães é um testemunho do amor e da saudade que permanece.
O ato mais recente de protesto ocorreu na praça próxima ao local do acidente, no bairro Passagem, reunindo moradores e parentes que exibiram camisas, cartazes e faixas em um clamor por justiça. “Dois jovens trabalhadores, com o futuro pela frente, não podem ser esquecidos”, afirmou Aline Carvalho, tia de Leorran, com fervor.
Juan e Leorran cresceram lado a lado no bairro Campo Redondo, em São Pedro da Aldeia, sendo descritos pelos familiares como inseparáveis. “Onde você via um, via o outro”, recorda Amanda Vitória, prima de Juan. Enquanto aguardam por avanços no processo judicial, as famílias transformam a saudade em luta, buscando uma resposta que possam levar a justiça esperada.