Campeã do UFC Comenta Polêmicas e Oportunidades no Esporte
Kayla Harrison, atual campeã do peso-galo (61 kg) do UFC, abordou a crescente discussão sobre os critérios de seleção de lutas da organização, especialmente após a divulgação dos eventos programados para 2026. Em sua próxima luta, marcada para o UFC 324, a norte-americana enfrentará Amanda Nunes em Las Vegas no dia 24 de janeiro. Ao analisar o momento atual, Harrison destacou a importância de equilibrar o mérito esportivo com o apelo comercial que o UFC proporciona.
Em uma entrevista exclusiva à Ag Fight, a lutadora ressaltou como a organização tem sempre navegado entre o universo esportivo e o de entretenimento. Para Harrison, o verdadeiro segredo está em alinhar essas duas vertentes.
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“É uma boa pergunta. Eu acho que isso é um negócio, é uma indústria de entretenimento, e me apaixonei pelo lado esportivo disso. Porém, o entretenimento também é parte do que fazemos. Espero que continuemos a honrar o atletismo e o espírito esportivo, ao mesmo tempo que nos divertimos. Isso é o equilíbrio. Encontrar o equilíbrio é fundamental… As melhores lutas são sempre entre os grandes atletas, e é aí que a mágica acontece. Tenho certeza de que o UFC continuará fazendo o que já faz há tanto tempo”, afirmou.
Decisões Controversas no UFC Agitam Comunidade de MMA
Embora tenha evitado criticar diretamente as mudanças que parecem estar tomando forma com o novo acordo do UFC com a Paramount, a campeã reconheceu que o mérito esportivo deve sempre ser a base das decisões da organização. Recentemente, escolhas feitas pelo presidente Dana White geraram controvérsia entre os fãs e profissionais do MMA.
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Fonte: odiariodorio.com.br
Por exemplo, no UFC 324, a luta principal não será a defesa de cinturão de Harrison, mas sim o confronto entre Justin Gaethje e Paddy Pimblett, que disputarão o cinturão interino dos leves (70 kg). Essa decisão levantou questionamentos, principalmente porque Arman Tsarukyan, que ocupa a primeira posição no ranking da categoria, foi cortado da disputa, levando a uma série de críticas.
Uma situação semelhante ocorreu com o UFC 325, onde Movsar Evloev, que lidera o ranking dos penas (66 kg), também não foi selecionado para lutar contra Alexander Volkanovski. Em vez dele, o brasileiro Diego Lopes foi escolhido após uma vitória sobre Jean Silva, sua única luta desde a derrota para o campeão. Essa escolha gerou descontentamento, como evidenciado pelo inglês Lerone Murphy, que expressou seu desagrado por se sentir deixado de lado.
Expectativas para o Futuro do UFC e o Papel do Entretenimento
Conforme a temporada de 2026 se aproxima, o debate sobre as decisões do UFC e o peso do entretenimento em suas escolhas deverá dominar as conversas entre campeões, desafiantes e aqueles que sentem que suas oportunidades estão sendo negligenciadas. Harrison, por sua vez, mantém suas esperanças de que a organização encontre um meio-termo que preserve a essência do esporte, ao mesmo tempo que atrai o público.
A expectativa é que a discussão sobre o equilíbrio entre o mérito esportivo e a busca pelo entretenimento se intensifique, à medida que novas lutas e eventos se aproximam. O UFC, que já enfrentou desafios semelhantes no passado, terá a oportunidade de demonstrar que pode evoluir sem perder suas raízes esportivas.

