Um Panorama do Crescimento no Setor de Saúde Suplementar
As operadoras de planos de saúde no Brasil apresentaram um desempenho financeiro notável no terceiro trimestre de 2023, com um lucro operacional que alcançou R$ 9,3 bilhões entre janeiro e setembro. Essa marca representa um impressionante aumento de quase 140% em comparação ao mesmo período do ano anterior, sendo o maior registrado nos últimos cinco anos. Quando o foco se volta para o lucro líquido, que inclui a remuneração das aplicações financeiras das operadoras, os números atingem R$ 17,9 bilhões, estabelecendo um novo recorde desde o início da série histórica em 2018. Este valor supera o anterior recorde de R$ 15,9 bilhões, registrado durante a pandemia em 2020.
Essas informações foram divulgadas nesta quinta-feira pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que tem monitorado o setor de saúde com atenção.
O relatório da ANS também destaca que três das maiores operadoras, Bradesco, SulAmérica e Hapvida, são responsáveis por 43% do resultado operacional reportado. Isso ressalta a importância do desempenho dessas grandes empresas para o estado geral do setor de saúde suplementar.
Resultados Financeiros e Sinistralidade
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Um aspecto que influencia significativamente o resultado líquido das operadoras é o desempenho financeiro de seus investimentos, especialmente em um ambiente de elevação nas taxas de juros. Nos primeiros nove meses de 2023, as operadoras acumularam R$ 11,1 bilhões em lucros provenientes de seus investimentos, a maior quantia desde 2018, representando um aumento de 60% em relação ao mesmo período do ano passado.
Outro dado importante é a taxa de sinistralidade que, ao final do período, ficou em 81,9%. Este valor é 2,4 pontos percentuais menor do que o registrado no mesmo intervalo de 2022, implicando que uma menor proporção da receita das operadoras está sendo utilizada para cobrir os custos da assistência aos usuários. Isso reflete uma melhoria no uso dos planos de saúde, o que pode ser um sinal positivo para os beneficiários.
Desafios Persistentes no Setor de Saúde
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Fontes indicam que a diretoria da ANS está considerando a implementação de um monitoramento mais rigoroso dessas empresas, devido ao risco potencial de problemas assistenciais para os usuários. O cenário sugere que a má gestão continua a ser um obstáculo significativo para a estabilidade do setor.
“Embora exista uma recuperação robusta e lucros expressivos, o mercado ainda revela um desempenho muito heterogêneo,” declarou Jorge Aquino, diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, durante a apresentação dos dados.

