O Reajuste do Salário Mínimo e Suas Implicações
O governo anunciou um reajuste oficial de 6,79% no salário mínimo, elevando o valor de R$ 1.518 para R$ 1.621. Isso significa que o trabalhador que recebe o piso nacional verá um aumento de R$ 103 em seu salário. A mesma quantia será percebida por aposentados e pensionistas do INSS que dependem desse valor mínimo.
Mas quando esse novo salário mínimo entra em vigor? A partir do dia 1º de janeiro de 2026, o novo valor será aplicado, com os primeiros pagamentos sendo realizados em fevereiro. Para se ter uma noção do impacto diário, o novo salário mínimo corresponderá a R$ 54,04, enquanto o valor por hora será de R$ 7,37.
O salário mínimo não é apenas um valor de referência para os trabalhadores que recebem esse montante ou múltiplos dele. Ele também serve como base para aposentados, pensionistas e beneficiários de programas sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Portanto, essa atualização tem um alcance significativo na economia como um todo.
Critérios que Definiram o Novo Valor do Salário Mínimo
Mas por que o salário mínimo foi fixado em R$ 1.621? Se fôssemos seguir apenas a regra constitucional, que estipula que o salário deve ser corrigido pela inflação, o piso nacional seria ajustado para algo em torno de R$ 1.582 em 2026. Esse cálculo leva em conta a inflação acumulada medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que chegou a 4,18% nos 12 meses até novembro.
Nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, o salário mínimo foi ajustado apenas pela inflação, sem proporcionar um aumento real do poder de compra dos trabalhadores. Em contraste, o atual governo de Lula implementou uma política de valorização do salário mínimo, que promete ganhos acima da inflação.
Esse reajuste mais robusto é resultado do retorno a uma política de valorização, uma das promessas de campanha do presidente Lula, que prevê ajustes reais atrelados ao desempenho da economia.
Como Funciona a Nova Regra de Reajuste
Em 2023, o Congresso Nacional aprovou uma medida provisória que incorporou essa nova lógica de reajuste à legislação. Com essa regra, o aumento do salário mínimo será baseado na variação do INPC até novembro e no crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.
Se essa fórmula fosse aplicada de forma plena, o salário mínimo de 2026 seria reajustado não apenas pela inflação de 4,18%, mas também pelo crescimento do PIB de 2024, que ficou em 3,4%. Isso levaria o novo valor para cerca de R$ 1.636, um número que poderia representar uma melhora significativa no poder de compra dos brasileiros.
Essas mudanças são importantes para o orçamento das famílias brasileiras, especialmente em tempos de alta dos preços. O incremento no salário mínimo pode contribuir para a recuperação do poder aquisitivo, que foi impactado pela inflação nos últimos anos. Assim, o debate sobre o salário mínimo continua relevante, não apenas para os trabalhadores, mas para toda a economia nacional.

