Perspectivas para as Eleições de 2026
As eleições de outubro de 2024 não trarão uma solução imediata para a polarização política que marca o cenário brasileiro, especialmente entre o PT e o PL. Segundo as últimas pesquisas eleitorais, Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente, se destaca como o favorito para conquistar um quarto mandato. Ao mesmo tempo, o Partido Liberal, associado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que se encontra detido em Brasília, surge como uma força significativa em várias regiões do país, especialmente nos estados e no Senado.
Essas informações foram reunidas pelo Correio da Manhã, que analisou diversas pesquisas eleitorais recentes em cada estado. O levantamento considera um cenário estimulado, onde cada instituto de pesquisa apresenta suas previsões para o governo estadual e o Senado. É importante notar que a soma das possíveis conquistas do PL pode exceder o número total de 27, representando as 26 unidades da Federação e o Distrito Federal, dado que há várias situações de empate a serem consideradas.
Um exemplo notável é o Rio Grande do Sul, onde a última pesquisa do Real Time Big Data revelou empates entre cinco candidatos ao Senado dentro da margem de erro, exigindo cautela na interpretação dos números.
Governadores: O Destque do PL e União Brasil
De acordo com as pesquisas, o PL tem potencial para eleger até oito governadores. Um nome forte nesse cenário é o de Luciano Zucco, que lidera a oposição na Câmara e é cotado para o governo do Rio Grande do Sul. Além disso, o partido deve garantir a reeleição do governador Jorginho Mello em Santa Catarina e tem grandes chances em Minas Gerais com o senador Cleitinho.
O União Brasil, por sua vez, deve ficar com cerca de seis governadorias, incluindo nomes como Sergio Moro no Paraná e ACM Neto na Bahia. Já PSD e MDB podem garantir quatro governaturas, com Eduardo Paes, atual prefeito do Rio de Janeiro, pelo PSD e Cícero Lucena, prefeito de João Pessoa, pelo MDB.
Outros partidos, como os Republicanos e o PSB, podem conquistar até dois estados cada. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aparece como um forte candidato entre os Republicanos, enquanto João Campos, prefeito do Recife, é visto como uma grande promessa pelo PSB em Pernambuco.
Senado: Oportunidades para o PL e Concorrência Acentuada
As eleições para o Senado também parecem promissoras para o PL, que pode eleger até 16 novos senadores. Na próxima eleição, dois terços do Senado estarão em jogo, com cada estado escolhendo dois representantes. Nomes como Carlos Bolsonaro, que busca uma vaga por Santa Catarina, e Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, podem ser protagonistas dessa disputa.
Por sua vez, o PSD, que no último pleito se destacou ao eleger um grande número de prefeitos, pode conquistar até oito cadeiras no Senado, com figuras como Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, competindo por Minas Gerais.
O PT e o PP, aliados políticos em várias questões, aparecem com chances de eleger até sete senadores cada. No PT, Rui Costa, atual ministro da Casa Civil, é um forte candidato na Bahia, e Humberto Costa busca reeleição em Pernambuco. Já o PP pode contar com Arthur Lira em Alagoas e Ciro Nogueira no Piauí.
Perspectivas por Estado
Os levantamentos destacados em cada estado revelam um panorama detalhado das intenções de voto. No Rio Grande do Sul, Luciano Zucco (PL) lidera com 27% das intenções, enquanto Eduardo Leite (PSD) é o favorito ao Senado. Em Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) mantém uma liderança significativa, com 41% nas pesquisas.
No Paraná, Sergio Moro (União) destaca-se com 40,1% das intenções de voto, e para o Senado, Deltan Dalagnol (Novo) lidera com 30,2%. Em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) ocupa a frente com 48,4%, enquanto Fernando Haddad (PT) o segue com 25,5%.
No cenário carioca, Eduardo Paes (PSD) continua como favorito com 55%, e nas disputas em Minas Gerais, o senador Cleitinho (PL) lidera com 38% das intenções.
Essa dinâmica eleitoral reflete um momento decisivo para o PL e seus aliados, enquanto o PT busca consolidar sua presença e legado nas próximas eleições. O cenário ainda é incerto e pode mudar conforme novas movimentações políticas e a própria evolução das campanhas eleitorais ao longo do próximo ano.

