Análise das Mudanças na Discussão sobre Emagrecimento e Bem-Estar
O ano de 2025 trouxe uma nova perspectiva ao debate sobre emagrecimento no Brasil, mudando a forma como se discute a cirurgia bariátrica. Em vez de ser vista apenas como o fim de um processo, a cirurgia agora é considerada o início de uma jornada física e emocional. Essa mudança de foco gerou um crescimento significativo nas conversas nas redes sociais e nas buscas do Google, especialmente quando celebridades começaram a compartilhar abertamente suas experiências post-cirurgia.
A expressão popular “quilos mortais” ganhou força ao sintetizar a trajetória de artistas que, juntos, eliminaram mais de 300 quilos. Esses números não apenas representam perdas físicas, mas também simbolizam desafios, inseguranças e cicatrizes emocionais que poucos se atreveram a expor publicamente antes. Este fenômeno revelou um lado humano das transformações, enfatizando a necessidade de um olhar mais gentil e realista sobre o pós-bariátrica.
Um dos nomes mais comentados foi Jojo Todynho. Após uma perda de cerca de 86 quilos, a cantora se tornou uma voz ativa nas redes sociais, compartilhando detalhes sobre seus treinos, exames e até cirurgias reparadoras. Em várias entrevistas, Jojo deixou claro que sua meta não é a perfeição estética, mas sim a busca por saúde. “Eliminei mais de 80 quilos, mas estou buscando saúde, não perfeição”, afirmou em um de seus relatos. Sua sinceridade proporcionou um espaço para discutir problemas como o excesso de pele e a readequação do corpo após uma perda tão significativa.
Thais Carla também desempenhou um papel importante nessa transformação ao desafiar padrões de beleza. Sem filtros, ela expôs a flacidez decorrente da perda de mais de 80 quilos, incentivando um diálogo sobre autoestima e identidade. “Meu corpo conta minha história. A pele sobrando não diminui minha vitória”, declarou, mostrando que as imperfeições são parte da jornada de cada um e não devem ser vistas como fracassos.
João Guilherme Silva, filho do apresentador Faustão, trouxe uma importante contribuição ao abordar o tema da compulsão alimentar e sua relação com a cirurgia bariátrica. Após perder cerca de 80 quilos durante a adolescência, ele falou abertamente sobre a necessidade de acompanhamento psicológico e nutricional. “Era compulsão. Eu comia sem perceber. A cirurgia salvou minha saúde”, refletiu, ressaltando a importância de um suporte contínuo após a cirurgia.
O humorista Leandro Hassum também fez questão de comentar sobre o risco de reganho de peso. Em suas declarações, enfatizou que a obesidade é uma condição crônica que precisa de controle constante. “A obesidade não tem cura. Ela tem controle”, disse. Sua abordagem honesta sobre os desafios mesmo após a cirurgia gerou uma compreensão mais abrangente sobre o que significa viver com a obesidade.
No cenário musical, Maiara, da dupla com Maraisa, também se juntou ao debate, discutindo a autoestima e os ajustes que fez ao longo do tempo. A cantora refletiu sobre sua trajetória e afirmou: “Estou melhor aos 36 anos do que estava aos 20”. Sua experiência ilustra que a transformação após a cirurgia envolve diversos aspectos, tanto emocionais quanto físicos, que vão além de simples comparações visuais.
A cirurgiã plástica Thamy Motoki, da Revion Internacional Clinic, destacou que a bariátrica deve ser vista como o início de uma nova fase. “O acompanhamento médico e as cirurgias reparadoras são complementares”, esclareceu. Thamy alertou que muitos acreditam que, após grandes perdas de peso, o corpo se ajusta naturalmente. No entanto, a realidade é diferente. Jojo Todynho, por exemplo, passou por procedimentos como abdominoplastia e lifting de pernas para lidar com o que a perda de peso deixou para trás.
O fenômeno observado em 2025 marca um amadurecimento no entendimento do emagrecimento no Brasil. Os quilos perdidos por essas celebridades representam mais do que números; simbolizam um processo de reconstrução e autodescoberta que vai muito além da cirurgia. Em vez de focar apenas no antes e depois, a ênfase deste ano reside no “durante”, evidenciando a jornada e as experiências que moldam cada indivíduo.

