Nova Legislação em Jogo
A negociação entre Flamengo e Fluminense para a venda dos naming rights do Maracanã pode enfrentar uma barreira significativa devido a um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. De acordo com informações do portal ‘ge’, essa proposta pode impactar os planos da dupla carioca, que espera arrecadar cerca de R$ 55 milhões com a comercialização do nome do icônico estádio até 2026.
O projeto de lei, assinado pelo deputado Alexandre Knoploch (PL-RJ), contém dois artigos que visam proteger a identidade do estádio. Um dos artigos propõe um veto formal à mudança do nome do Maracanã, incluindo alterações ligadas à exploração comercial de naming rights. O parlamentar justifica sua posição afirmando que ‘nenhum interesse econômico pode se sobrepor ao valor cultural, simbólico e afetivo de um dos maiores patrimônios do Estado’.
Posicionamento do Governo e Avanços na Negociação
Apesar da proposta, o Governo do Estado já sinalizou, de forma não oficial, que os administradores do estádio – Flamengo e Fluminense – podem continuar com as negociações. O projeto foi publicado no Diário Oficial no dia 12 de dezembro e agora se encontra em fase de análise, devendo passar por quatro comissões da Assembleia: Constituição e Justiça, Esporte e Lazer, Cultura e Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional.
Vale lembrar que em março de 2021, a Alerj já havia aprovado um projeto de lei que pretendia alterar o nome do Maracanã em homenagem a Pelé, o Rei do Futebol. No entanto, essa iniciativa foi vetada pelo governador Claudio Castro, o que demonstra a complexidade da relação entre interesses comerciais e a preservação da história do estádio.
O Futuro das Negociações
Com a possibilidade de veto ao naming rights, a expectativa agora se concentra em como Flamengo e Fluminense irão adaptar suas estratégias para garantir o sucesso dessa negociação, se o projeto de lei avançar. O cenário se mostra complicado, principalmente considerando a grande importância que o Maracanã tem para a cultura e a história do futebol brasileiro.
Além disso, a dupla carioca terá que se preparar para lidar com possíveis reações da torcida e da opinião pública, que frequentemente se mobiliza em torno de questões que envolvem o patrimônio esportivo. Nesse contexto, será essencial que os clubes encontrem um equilíbrio entre a busca por receitas e a preservação da identidade de um dos maiores estádios do mundo.

