Visto Eletrônico: Um Passo para o Futuro do Turismo
A secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Machado, deu início a uma missão oficial na China nesta sexta-feira (12), liderando a delegação brasileira no Fórum Econômico Mundial do Turismo (GTEF 2025), realizado em Harbin. O primeiro compromisso ocorreu em Pequim, onde se reuniu com o ministro conselheiro da Embaixada do Brasil no país, Rafael Leme, e a equipe do setor consular.
Durante o encontro, Ana Carla enfatizou os avanços na implementação do novo sistema eletrônico de solicitação de vistos para turistas chineses. Esta iniciativa é considerada estratégica para aumentar o fluxo de visitantes ao Brasil, especialmente vindos da China, que é o maior emissor de vistos para o país.
“Pequim é atualmente o maior polo emissor de vistos para turistas estrangeiros que visitam o Brasil. A China representa o principal mercado emissor da América Latina. Com o modelo eletrônico, teremos a capacidade de facilitar ainda mais o acesso dos turistas chineses ao Brasil. Reforçar o turismo com nosso maior parceiro comercial é uma prioridade para o governo brasileiro”, destacou a secretária-executiva.
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Até 2025, mais de 80 mil turistas chineses já haviam visitado o Brasil. Dados da Embratur mostram que São Paulo é a principal porta de entrada, seguida por Rio de Janeiro e Paraná. O Ministério do Turismo projeta que o novo sistema, em conjunto com a colaboração de operadoras e agências de turismo, pode aumentar em até 30% a emissão de vistos para fins de lazer ou negócios. Atualmente, em Pequim, são emitidos cerca de 180 vistos diários, um número que está aquém da demanda.
“Desde 2023, o número de turistas chineses que visitaram o Brasil aumentou de 42 mil para mais de 83 mil até novembro deste ano. O fortalecimento do turismo bilateral entre Brasil e China é uma diretriz estabelecida pelo presidente Lula. Em 2026, o Ministério do Turismo planeja abrir um chamamento público para credenciar agências de viagens que possam operar o receptivo de grupos chineses no Brasil”, informou Ana Carla Machado.
Programa ADS China e a Cooperação Bilateral
O avanço na facilitação de vistos faz parte do Programa ADS China, estruturado por meio de um Memorando de Entendimento (MoU) entre os governos brasileiro e chinês, focando na facilitação de viagens em grupo. No ano de 2024, o programa já contava com 344 agências cadastradas. O Brasil registrou, no ano anterior, 76.524 turistas chineses, um aumento de 79% em relação a 2023, visando estabelecer um recorde histórico, conforme dados do Ministério do Turismo.
Para 2026, com o novo chamamento público e a celebração do Ano Cultural Brasil–China, a expectativa é ampliar ainda mais a participação das agências brasileiras nesse programa.
O Impacto Econômico do Turismo Chinês
Dados do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) indicam que, em 2024, o setor de turismo na China movimentou aproximadamente US$ 78 trilhões, apresentando um crescimento de 23% em comparação a 2023 e gerando mais de 82 milhões de empregos. O ministro conselheiro Rafael Leme ressalta que o aumento no fluxo de turistas chineses para o Brasil representa uma oportunidade significativa para o desenvolvimento econômico.
“As relações entre Brasil e China estão se fortalecendo ainda mais. Recentemente, assinamos contrato com uma nova empresa de Visa Center para facilitar o visto eletrônico. Esperamos que o sistema esteja em funcionamento no primeiro semestre de 2026. Nosso objetivo é tornar a vinda de chineses ao Brasil mais fácil, seja para turismo ou negócios”, afirmou Leme.
Atualmente, cidadãos chineses necessitam de visto para entrar no Brasil, seja para turismo ou para negócios, com uma permanência permitida de até 90 dias.
Ao final de sua agenda, Ana Carla Machado destacou o cenário institucional favorável. “O ministro Celso Sabino foi reconduzido à presidência do Conselho Executivo da ONU Turismo, sendo a China vice-presidente na gestão. Em 2026, celebraremos o Ano Cultural Brasil–China, o que deverá impulsionar ainda mais o turismo bilateral, impactando positivamente a geração de emprego e renda”, concluiu.

