condenação de Chefes do Tráfico na Praia do Siqueira
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou, no dia 28 de setembro, a condenação de seis indivíduos vinculados a um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro na comunidade Praia do Siqueira, em Cabo Frio. Dentre os réus, destaca-se Cristiano de Souza Barreto, conhecido como ‘Fofão’, que foi sentenciado a 41 anos e um mês de prisão em regime fechado. A divulgação do caso ocorreu nesta terça-feira (5).
A sentença é resultado da atuação da 1ª Promotoria de Justiça, em conjunto com as Varas Especializadas em Organizações Criminosas, e foi fundamentada em uma denúncia apresentada pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Cabo Frio. As investigações começaram após a prisão de David dos Santos Gregório, considerado um elemento central do grupo, que gerenciava operações financeiras em nome de Cristiano, utilizando empresas de fachada para disfarçar as atividades ilícitas.
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Estratégias Usadas para Manter o Tráfico em Atividade
De acordo com o MPRJ, mesmo após mudar-se para um apartamento de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Cristiano continuava a comandar o tráfico na Praia do Siqueira. Ele foi detido em novembro do ano passado, mas antes de sua prisão, designou Helio Marcio Chaves da Conceição, conhecido como ‘Tio Zé’, para supervisionar a venda de drogas na comunidade.
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As investigações revelaram que Cristiano empregava contas bancárias, tanto suas quanto da sua companheira, Jhenifer Grazielle Ferreira Bastos, para efetuar a lavagem do dinheiro proveniente do tráfico. Jhenifer, que abriu uma clínica de estética com essa finalidade, recebeu uma pena de 27 anos e meio de prisão, e ambos tiveram seus bens bloqueados pela Justiça.
Conexões Nacionais do Esquema de Tráfico
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Através de depósitos feitos por Jhenifer, as autoridades conseguiram traçar laços entre o grupo e as irmãs Lilian Faviana Marinho Benites Nonato e Larissa Sophie Marinho Benites Nonato, residentes em Naviraí, no Mato Grosso do Sul. Elas eram responsáveis pela aquisição de drogas na fronteira e seu transporte até Cabo Frio. As irmãs foram condenadas a cinco anos e sete meses, e cinco anos de prisão, respectivamente, ambas em regime semiaberto.
Além de Cristiano e Jhenifer, outros condenados incluem David dos Santos Gregório, com uma pena de 10 anos de prisão em regime fechado, e Helio Marcio Chaves da Conceição, que recebeu 8 anos e 6 meses de reclusão. A sentença abrange crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de capitais, refletindo a seriedade das ações do MPRJ em sua luta contra o crime organizado na região.